Identificação e avaliação da progressão do câncer de próstata
Saiba mais sobre a progressão da doença do câncer de próstata e a detecção de lesões positivas para PSMA.

Saiba mais sobre a progressão da doença do câncer de próstata e a detecção de lesões positivas para PSMA.
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O reconhecimento da progressão da doença no câncer de próstata é essencial para ajudar a melhorar o acompanhamento da doença, pois oferece uma oportunidade de refinar as abordagens de tratamento. 1-3 Para identificar a progressão da doença , é essencial avaliar o estágio do câncer, empregar técnicas de exame de imagem de última geração e avaliar biomarcadores pertinentes para monitorar o curso da doença. 1-3
O câncer de próstata pode ser classificado em vários estados ou estágios da doença com base na extensão e na gravidade do câncer. O sistema de estadiamento mais comum usado para o câncer de próstata é o sistema de estadiamento de tumor, nódulo e metástase (TNM), que considera: 1
Os estágios da doença mais comuns no câncer de próstata incluem: 4-6
Câncer de próstata localizado:
O tumor está localizado à próstata. Com o tempo, o tumor pode crescer ou se espalhar, mas permanece dentro da próstata. 4
Câncer de próstata localmente avançado:
O tumor se estende além da próstata e pode ter invadido estruturas locorregionais próximas, como as vesículas seminais, o reto, a bexiga ou os gânglios linfáticos próximos à próstata. 5
Câncer de próstata metastático:
O tumor se espalha para outras partes do corpo, incluindo gânglios linfáticos, ossos e órgãos distantes, como os pulmões. 6
Todos os estágios exigem monitoramento rigoroso e tratamento contínuo para controlar a doença e manter a melhor qualidade de vida possível para o paciente. 1
Com o passar do tempo, o câncer de próstata localmente avançado pode progredir para câncer de próstata metastático. Os pacientes correm risco especial de progressão se houver evidências de recidiva bioquímica (BCR). 1
A BCR é definida como o aumento dos níveis de antígeno prostático específico (PSA) após o tratamento. Esse aumento no PSA sugere que o câncer ainda pode estar presente e é um sinal de que a doença ainda está progredindo. Aqueles que sofrem uma BCR têm risco maior de desenvolver metástases e de mortalidade devido ao câncer de próstata. 1, 7, 8
A progressão para o câncer de próstata metastático envolve vários estágios: 9
Invasão local:
À medida que o câncer de próstata avança, células malignas podem se infiltrar em estruturas próximas, como as vesículas seminais, a bexiga e o reto.
Invasão perineural:
O mecanismo principal pelo qual o carcinoma penetra na cápsula e metastatiza.
Envolvimento linfonodal:
A metástase do câncer de próstata geralmente se espalha para os gânglios linfáticos pélvicos, facilitada pelas vias perineurais e linfáticas.
Metástase óssea:
As células do câncer de próstata podem se espalhar para os ossos, principalmente por meio do sistema venoso vertebral.
O CPRC é um estágio do câncer de próstata em que a doença progride apesar de intervenções médicas ou cirúrgicas que reduzem os níveis de hormônios masculinos (testosterona) a um “estado de castração”. O CPRC é definido por um aumento nos níveis de PSA, mostrando progressão bioquímica, e também pode envolver progressão radiográfica, na qual o câncer se espalha para outras áreas do corpo. 10
A terapia de privação androgênica (ADT) pode induzir a remissão do câncer de próstata. Entretanto, uma grande proporção desses pacientes desenvolverá, ao longo do tempo, doença resistente à castração, apesar de uma resposta inicial à ADT.11
Existem vários mecanismos que fundamentam a patogênese da progressão para CPRC: 11, 12
Pacientes com CPRC têm um prognóstico ruim, com a maioria deles desenvolvendo metástases ósseas dolorosas. A sobrevida mediana de pacientes com CPRC é de aproximadamente 14 meses.13 Portanto, uma abordagem multidisciplinar envolvendo urologistas, oncologistas, oncologistas, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais é necessária para o tratamento de pacientes com CPRCm.1
Os sinais e sintomas de progressão do câncer de próstata podem variar, dependendo do estágio da doença e das áreas onde o câncer se espalhou. 14,15
Os sinais comuns da progressão incluem os seguintes: 14, 15
*como noctúria (necessidade de urinar diversas vezes à noite).
**como fraqueza, dormência ou problemas no controlo do intestino/bexiga.
A avaliação da progressão da doença no câncer de próstata usa várias modalidades de imagem, como exames ósseos, tomografia computadorizada, ressonância magnética, PET/CT e PET/RM.12a Além disso, a avaliação de biomarcadores oferece outra percepção valiosa, usada para avaliar e monitorar a progressão da doença.13a
Uma ou mais das seguintes modalidades de exame de imagem podem ser usadas em pacientes com câncer de próstata avançado: 16,17
PET
A tomografia por emissão de pósitrons (PET) envolve a administração de um pequeno “marcador” radioativo. Ele é injetado em uma veia e chega às células do câncer de próstata. Então, as células cancerígenas são detectadas por um PET Scan, seguido pelo cálculo de uma imagem digital que representa a distribuição do radiomarcador no corpo. Na prática moderna, o PET é quase sempre combinado com uma tomografia computadorizada (CT) ou uma ressonância magnética (RM). 16,17
PET/CT
PET/CT é um procedimento de diagnóstico por imagem que combina PET com CT. Ele fornece imagens tridimensionais detalhadas que mostram a localização e a atividade metabólica das células do câncer de próstata. Com frequência, são usados para detectar metástases em gânglios linfáticos, ossos ou outras áreas, ajudando no estadiamento e no planejamento do tratamento. São particularmente eficazes quando um radiomarcador específico que tem como alvo o antígeno de membrana específico para próstata (PSMA) é usado, pois melhora a detecção de lesões do câncer de próstata. 16,17
PET/RM
PET/RM é uma técnica médica avançada em que as técnicas de PET e RM são combinadas em uma única sessão de exame de imagem usando um exame híbrido que gera imagens anatômicas detalhadas da ressonância magnética e informações funcionais do PET. Esse processo fornece uma visão abrangente da próstata, auxiliando na detecção e estadiamento do câncer, na avaliação da resposta ao tratamento e identificação de possíveis metástases, tudo em uma única sessão de imagem, o que pode auxiliar no diagnóstico e no planejamento do tratamento mais precisos. 16,17
RMCI
A ressonância magnética de corpo inteiro é uma técnica de diagnóstico não invasiva que oferece uma visão abrangente de todo o corpo, incluindo da próstata, para detectar a disseminação metastática para os ossos e outras áreas. É útil para estadiamento, monitoramento da resposta ao tratamento e identificação de metástases em casos avançados de câncer de próstata. 16,17
Os biomarcadores fornecem uma indicação da progressão da doença.
Antígeno prostático específico (PSA):18,19
Antígeno de membrana específico para próstata (PSMA): 19-21
O PSMA é encontrado predominantemente no tecido da próstata, mas também é expressa em tecidos como as glândulas salivares, o intestino delgado e os rins. O nível de expressão do PSMA é maior nas células do câncer de próstata quando comparado com células de tecido saudável
O exame para detecção do PSMA envolve a introdução de um marcador radioativo na corrente sanguínea. Esse marcador se concentra na proteína PSMA, altamente expressa em células de câncer de próstata. Um exame PET/CT captura imagens de todo o corpo para identificar os locais onde o marcador se ligou à proteína PSMA. 19
Os resultados do diagnóstico de PET/CT para PSMA são valiosos para determinar se o câncer de próstata se espalhou pelo corpo e trazem informações essenciais sobre a extensão da metástase. 22
Explore mais sobre o exame para detecção de PSMA e sua importância
ADT, Terapia de Deprivação Estrogênica
CT, Tomografia Computadorizada
DRE, Exame retal digital
CPRCm, Câncer de Próstata Metastático Resistente à Castração
MRI, Ressonância Magnética Médica
PET, Tomografia por emissão de pósitrons
PSA, antígeno prostático específico
PSMA, antígeno de membrana específico da próstata
RLI, imagem com radioligante
RLT, terapia radioligante
RLT, terapia radioligante
TNM, tumor, nódulo, metástase
TRUS, ultrassonografia transretal
1a 1b 1c 1d Cornford P, Tilki D, van den Bergh RCN, et al. EAU-EANM-ESTRO-ESUR-ISUP-SIOG guidelines on prostate cancer. European Association of Urology; 2024.
2 Rebello, R.J., Oing, C., Knudsen, K.E. et al. Prostate cancer. Nat Rev Dis Primers 7, 9 (2021)
3 Trabulsi EJ, Rumble RB, Jadvar H, et al. Optimum Imaging Strategies for Advanced Prostate Cancer: ASCO Guideline. J Clin Oncol. 2020;38(17):1963-96.
4 Cancer Research UK. Localised prostate cancer. Updated May 31, 2022. Accessed July 19, 2024. https://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/prostate-cancer/stages/lo…
5 Cancer Research UK. Locally advanced prostate cancer. Updated May 31, 2022. Accessed July 19, 2024. https://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/prostate-cancer/stages/lo….
6 Cancer Research UK. What is metastatic prostate cancer? Updated February 15, 2023. Accessed July 19, 2024. https://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/prostate-cancer/advanced-…
7 Hammerich KH, Ayala GE, Wheeler TM. Anatomy of the prostate gland and surgical pathology of prostate cancer. In: Hricak H, Scardino P, eds. Prostate Cancer. Contemporary Issues in Cancer Imaging. Cambridge: Cambridge University Press, 2009:1-14.
8 Wang C, Shen Y, Zhu S. Distribution features of skeletal metastases: A comparative study between pulmonary and prostate cancers. PLoS One. 2015;10(11):e0143437. doi:10.1371/journal.pone.0143437
9 Nandana S, Chung LW. Prostate cancer progression and metastasis: potential regulatory pathways for therapeutic targeting. Am J Clin Exp Urol. 2014 Jul 12;2(2):92-101. PMID: 25374910; PMCID: PMC4219303.
10 Chandrasekar T, Yang JC, Gao AC, Evans CP. Mechanisms of resistance in castration-resistant prostate cancer (CRPC). Transl Androl Urol. 2015;4(3):365-380. doi:10.3978/j.issn.2223-4683.2015.05.02
11 Karantanos T, Corn PG, Thompson TC. Prostate cancer progression after androgen deprivation therapy: mechanisms of castrate resistance and novel therapeutic approaches. Oncogene. 2013;32(49):5501-5511.
12 Chandragupta T, Yang JC, Gao AC, Evans CP. Mechanisms of resistance in castration-resistant prostate cancer (CRPC). Transl Androl Urol. 2015;4(3):365-380. doi:10.3978/j.issn.2223-4683.2015.05.02
13 Kirby M, Hirst C, Crawford ED. Characterising the castration-resistant prostate cancer population: a systematic review. Int J Clin Pract. 2011;65(11):1180-1192. doi:10.1111/j.1742-1241.2011.02799.x
14 Leslie SW, Soon-Sutton TL, R I A, Sajjad H, Siref LE. Prostate Cancer. In: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; May 30, 2023.
15 Cancer Research UK. Symptoms of metastatic prostate cancer. Updated July 20, 2022. Accessed July 19, 2024. https://cancerresearchuk.org/about-cancer/prostate-cancer/metastatic-ca….
16 Trabulsi EJ, Rumble RB, Jadvar H, et al. Optimum imaging strategies for advanced prostate cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020;38(17):1963-1996. doi:10.1200/JCO.19.02757
17 Winfield JM, Blackledge MD, Tunariu N, Koh DM, Messiou C. Whole-body MRI: a practical guide for imaging patients with malignant bone disease. Clin Radiol. 2021;76(10):715-727. doi:10.1016/j.crad.2021.04.001
18 1Darwish OM, Raj GV. Management of biochemical recurrence after primary localized therapy for prostate cancer. Front Oncol. 2012;2:48. doi:10.3389/fonc.2012.00048
19 Jiang J, Tang X, Pu Y, et al. The value of multimodality PET/CT imaging in detecting prostate cancer biochemical recurrence. Front Endocrinol (Lausanne). 2022;13:897513. doi:10.3389/fendo.2022.897513
20 Hupe MC, Philippi C, Roth D, et al. Expression of prostate-specific membrane antigen (PSMA) on biopsies is an independent risk stratifier of prostate cancer patients at time of initial diagnosis. Front Oncol. 2018;8:623. doi:10.3389/fonc.2018.00623
21 Sartor O, de Bono J, Chi KN, et al. Lutetium-177-PSMA-617 for metastatic castration-resistant prostate cancer. N Engl J Med. 2021;385(12):1091-1103. doi:10.1056/NEJMoa2107322 18 Fendler WP, Ferdinandus J, Czernin J, et al. Impact of 68Ga-PSMA-11 PET on the management of recurrent prostate cancer in a prospective single-arm clinical trial. The Journal of Nuclear Medicine. 2020;61(12):1793-1799. doi:10.2967/jnumed.120.242180.
22 Fendler WP, Ferdinandus J, Czernin J, et al. Impact of 68Ga-PSMA-11 PET on the management of recurrent prostate cancer in a prospective single-arm clinical trial. The Journal of Nuclear Medicine. 2020;61(12):1793-1799. doi:10.2967/jnumed.120.242180
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Produzido em Julho/2025. © 2025 – Direitos Reservados Novartis Biociências S/A. Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização do titular. BR-XXXX